Apesar de completar 20 anos de existência em 2018, um número significativo de potiguares ainda não possuem o Cartão do Sistema Único de Saúde (SUS). E mais: outros, que já o possuem, ainda não adquiriam o hábito de tê-lo sempre em mãos. Instituído pelo Ministério da Saúde (MS), em 1998, o Cartão do SUS é de direito de todo brasileiro e deve ser apresentado sempre que for necessário procurar assistência médica, em qualquer unidade de saúde pública. Nos hospitais privados a apresentação só é necessária quando a instituição oferecer serviços conveniados ao SUS.
Através dele é possível, utilizando um sistema informatizado de base nacional, obter informações de seus portadores, como: onde foram atendidos, quem os atendeu, o que foi receitado, que exames foram pedidos, entre outros dados.
A coordenadora do programa no RN da Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap), Bethânia Lopes de Lima, diz que os potiguares estão mais conscientes sobre a importância do cartão. “Atualmente a maioria dos Norte-riograndenses já o possuem. Contudo, ainda é possível identificar pessoas que procuram assistência médica sem nunca nem ter solicitado uma primeira via. E isso é muito preocupante, porque há procedimentos, exames ou cirurgias, que só podem sem liberados mediante apresentação desse documento”, alerta.
Um bom exemplo disso acontece no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), maior unidade de saúde pública do Rio Grande do Norte (RN) para atendimento de pessoas vítimas do trauma, como explica a chefe do Serviço Social, Sandra Moura: “exames de ressonância magnética ou arteriografia, por exemplo, que não são feitos no Walfredo Gurgel só são autorizados pelas unidades conveniadas quando apresentamos o Cartão SUS do paciente. Quando ele não tem, alguém da família deve providenciar a confecção e essa espera pode agravar o estado de saúde do doente. É, então, imprescindível que todos já o possuam e tenham o hábito de não sair de casa sem ele, ou de o deixar sempre em um local de fácil acesso”, recomenda.