Nos últimos dias, as redes sociais ganharam mais um assunto: “Mandala”. Considerada uma nova pirâmide financeira, depois de Telexfree, NNEX, BBOM, Priples e tantos outros sistemas, que tentaram seguir na sociedade, Mandala está no foco do momento. A promessa é de investir R$ 100 e ter o retorno de R$ 800 mediante. Segundo informações dos participantes, dinheiro é depositado diretamente na conta bancária pessoal e cada participante é responsável por convidar novas pessoas.
O sistema é formado por quatro grupos – Fogo, Ar, Terra e Água – que evoluem a medida que mais pessoas aderem ao sistema. Mas já existem divergências ao novo esquema. Segundo o promotor Marco Aurélio Ribeiro, da Promotoria de Defesa do Consumidor, do Ministério Público do Acre (MP-AC), em entrevista ao site do Portal G1, a organização da Mandala possui indícios de pirâmide financeira, uma vez que os últimos participantes acabam custeando os lucros de quem aderiu antes. “Tem características de uma pirâmide financeira. Basta uma pessoa com a mínima noção sobre o sistema para ver que é impossível você dar R$ 100 e receber R$ 700 a mais no mínimo. Alguém está pagando esse dinheiro por você. Quem vai entrando depois vai sustentando a rede de recurso”, acrescenta.
Símbolo Sagrado
Fugindo do esquema piramidal, em ascensão nas redes sociais, Mandala significa círculo em palavra sânscrito, de acordo com o site Siginificados.com.br. Mandala também possui outros significados, como círculo mágico ou concentração de energia, e universalmente a mandala é o símbolo da integração e da harmonia. Em rigor, mandalas são diagramas geométricos rituais: alguns deles correspondem concretamente a determinado atributo divino e outros são a manifestação de certa forma de encantamento (mantra). A sua antiguidade remonta pelo menos ao século VIII a.C. e são usadas como instrumentos de concentração e para atingir estados superiores de meditação (sobretudo no Tibete e no budismo japonês).